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casa das memórias estelares

seja bem-vindo à casa das memórias estelares. este é um lugar seguro, nosso e seu, onde podemos compartilhar o que temos de mais especial. inspirado na toca do lobo e na casa do trailer de super, criamos este espaço, um ambiente especial e repleto de memórias, para recordar momentos marcantes, trocar pensamentos e te aproximar de quem somos e do que fazemos. pegue um café, sente-se em um lugar confortável e sinta-se à vontade. espero que este espaço te faça sentir em casa, pois ele é tão seu quanto nosso. que possamos te ver mais vezes por aqui.

com carinho,
equipe do stage

Nossa casa 14.08.24

Nossa casa 14.08.24

Incendiar 14.08.24

oi. acho que se você está aqui, assim como eu, comemorando um ano da chegada de um álbum tão especial, algo maior nos une de alguma forma. é claro que a gente sabe que é a arte, a ferramenta mais transformadora de todas… mas eu ainda acho que vai além. músicas não são “só” palavras com melodia, afinal. gostamos de algo porque talvez, pela primeira vez na vida, nos sentimos compreendidos. vistos. ouvidos. e eu acho que isso diz muito sobre quem eu sou, e sobre quem você é. eu sempre digo que ser fã de quem somos diz muito sobre a gente, no final das contas. nossas ambições, nossos medos. do que você tem medo? eu sempre tive muito medo de não me tornar a pessoa que eu sempre quis ser. eu sabia disso, mas nunca tinha expressado em palavras. na carta de Super, me senti compreendida. foi o empurrãozinho que eu precisava para começar a me tornar a pessoa que sempre quis ser, dando voz aos meus sonhos, dos mais simples aos mais grandiosos.

acho bonito como a arte cria algo tão grande, algo único que une pessoas de diferentes cidades, com jeitos e personalidades distintos. para mim, isso é… revolucionário. e como boa sonhadora, acredito que tudo acontece por um motivo. se Super chegou até você, é porque havia um propósito. talvez você também precisasse de um empurrãozinho para acreditar naqueles sonhos de criança que acabou esquecendo na gaveta. e talvez, só talvez, esse conjunto de músicas tenha te encorajado a acreditar que sonhar não é tanta ousadia assim. mas, caso for, também vale a pena correr o risco.

e, no meio de tudo isso, eu e você vivemos alguns sonhos. passeamos. nos divertimos. cantamos a plenos pulmões. viajamos. fizemos amigos. e, no meio disso tudo, no final, isso é o mais mágico: como nós criamos histórias para contar, o que faz a arte se tornar ainda maior do que já é. como as vidas se entrelaçam nesse processo. como pessoas se alinham, nem sempre no sentido romântico da palavra, mas se encontram e criam algo especial e duradouro. você vê como as coisas acontecem? A música é a faísca que a gente precisa pra explodir. E essa é a explosão mais bonita que eu já vi. 

eu descobri e preciso compartilhar com você que é verdade que tudo que começa acaba. mas é tão verdadeiro quanto que algumas coisas sobrevivem ao fim. são maiores que ele. e Super é uma dessas coisas. a era pode acabar, mas tudo o que vivemos e compartilhamos… é algo que resiste ao fim. é uma explosão necessária para algo maior brilhar. e assim, surgiu Supernova: para nos mostrar que precisamos encerrar ciclos, abraçar os medos, encarar os monstros e correr com os lobos para poder brilhar como nunca antes.

e eu quero que você se lembre disso, mesmo quando tudo isso acabar. quando novos álbuns vierem e você escolher uma nova música favorita. que essas vinte e duas canções sempre estarão ali, esperando para serem ouvidas, dispostas a serem a faísca que você precisar pra incendiar. seja porque está se sentindo perdido, frustrado ou só precise de coragem. ou, pelo contrário, porque está se sentindo corajoso demais e quer dar voz a isso. eu quero que se lembre que, independente de quando você precisar incendiar… porque talvez a sua hora ainda não tenha chegado. talvez você ainda esteja se sentindo meio pequeno, passe o dia dormindo e a noite acordado. ou ainda não sinta nada, com medo de se sentir mal. eu entendo. mas, se você tem isso dentro de você… o anseio de sonhar, de sentir tudo, de se tornar uma estrela, independente do que isso signifique pra você, uma hora isso vai ser maior do que os seus monstros. então, quando você achar que é a hora… quando precisar de uma faísca, você vai perceber que então, finalmente, a sua hora chegou também.

e quando isso acontecer, deixa incendiar.

Incendiar 14.08.24

Liberdade 19.08.24

a gente cresce cercado de muitas expectativas do que devemos ser: inteligentes, interessantes, educados, bonitos. e no meio disso tudo, quase não sobra tempo ou espaço para nos perguntar, desde cedo: quem eu realmente quero ser? acho que perdi muito tempo nessa busca, afastada da minha própria natureza. sempre tentei me identificar com algo ou alguém, buscando parecer mais interessante... tentei até gostar de coisas que nunca gostei e sonhar com sonhos que nunca foram meus.

 

só quem cresceu numa cidade pequena, onde todo mundo se conhece, entende como é ousado sonhar grande. talvez por isso eu sempre tentei me diminuir. as coisas dentro da minha cabeça, aquelas genuinamente minhas, nunca couberam naquele lugar. mas, uma hora, elas precisaram sair. e, se você tenta caber num espaço que não é seu, cedo ou tarde, você também vai precisar sair.

 

acho que ‘Lobos’ fala muito sobre primeiras vezes. eu vivi muitas dessas experiências depois da vida adulta, quando me vi longe daquele lugar. é estranho olhar para trás e perceber quanto tempo perdi. mas também é reconfortante olhar para frente e ver que ainda tenho muito tempo.

 

gosto da forma como esse álbum se tornou uma casa para aqueles que nunca souberam caber em espaços pequenos, sejam eles físicos ou emocionais, como as relações. acho que ele é um grande sopro de liberdade para quem precisa encarar seus monstros e entender que, mesmo com eles, ainda é possível correr.

 

é um álbum cru, corajoso e sincero. como uma arte bruta tentando escapar de um lugar que a apertou por muito tempo. é quase um pedido de liberdade. e dói, porque toda liberdade tem seu preço. ser livre, no fim das contas, pode significar estar sozinho na maior parte do tempo.

 

ser livre pode ser a felicidade em sua forma mais pura, assim como os próprios monstros que habitam debaixo da sua cama. você deixa coisas para trás e, mesmo achando que não, acaba sentindo falta delas. mas se há uma voz dentro de você pedindo para correr atrás de algo maior, algo que te preenche por completo… ela nunca vai parar de soar.

 

e no final das contas, a vida é sobre esse movimento; deixar para trás o que não te serve mais e se permitir correr em direção ao que faz seu coração bater mais forte. porque ser livre é, talvez, a maneira mais bonita de fazer jus àquela criança que nunca pode ser quem era.

 

e quando você se permite ser livre, descobre que o seu lugar é exatamente onde seus sonhos começam. o meu começa aqui... e o seu?

Liberdade 19.08.24

Um anti-herói 29/09/2024

gosto muito de compartilhar os dias bons, mas também acho importante falar sobre os ruins. acredito que a tristeza precisa ser sentida, não evitada. dias ruins existem, e muitas vezes nos sobrecarregam a ponto de nos sentirmos tão pequenos que quase inexistentes. mas, em contraponto, os dias bons sempre chegam, lembrando que viver é caminhar nessa linha quase invisível entre se sentir pequeno demais e grande demais. nos dias bons, é como se os ruins nunca tivessem existido — e vice-versa. a arte, a poesia, o cinema e, principalmente, a música, servem como lembretes de que esses dias coexistem, às vezes tão próximos que mal conseguimos enxergar a linha. existir, viver, estar aqui, é ser quem você é em todos esses momentos.

não vou mentir e dizer que isso não é difícil... porque é, muito. muitas vezes, nos dias tristes, eu me perco, e nos dias felizes, sou uma versão meio desconhecida de mim mesma. venho tentando entender quem sou nos momentos em que os sentimentos não estão tão à flor da pele, e nesse processo percebi que essa versão "neutra" não existe. eu sou esses sentimentos intensos, eu sou sentir demais; essa sou eu. se você se sente perdido, se esquece quem é, talvez isso também seja parte de quem você é. essa versão que tenta evitar ou esquecer... talvez ela também seja você, e está tudo certo.

às vezes, precisamos escutar nossos pensamentos confusos e aceitar que nem sempre somos quem gostaríamos de ser. e não falo de sonhos ou idealizações, mas sim de como, em certos dias, queremos ser uma versão de nós mesmos que só existe em momentos de felicidade plena. aquele "você" que precisa de cuidado, de afeto... ainda é você. e essa versão também precisa ser acolhida pelos seus melhores dias, para lembrar que os dias ruins passam.

a música, para mim, é esse lugar seguro quando estamos sozinhos com nossos pensamentos não tão bonitos. ‘anti-herói’, por exemplo, me lembra que não sou a única a sentir coisas ruins. músicas tristes, cruas e sinceras podem ser incrivelmente bonitas. elas nos lembram, mesmo que isso soe clichê, que não estamos sozinhos. quem sente coisas bonitas também pode sentir coisas dolorosas. e no final do dia, você ainda é a pessoa que merece viver as coisas mais lindas do mundo, mesmo que ainda não esteja vivendo-as agora.

este texto é só um lembrete de que os dias ruins também passam.

Um anti-herói 29.09.2024

Nadar além do mar 19.10.24

o tempo sempre me confundiu, porque sinto que vivo tanta coisa em pouco tempo. ‘pirata’ nasceu há três anos, mas o enxergo como algo distante, quase de outra vida, assim como tudo o que experimentei e vivi naquela época. essas canções não são apenas memórias sonoras para mim; elas têm textura, têm cores, cheiro, um gosto realista de coisas que experimentei. a arte, na minha visão, é meio mitológica, quase sagrada, e a música, em particular, me conecta com experiências que outrora seriam distantes.

‘pirata’ nasceu num momento em que eu precisava me libertar de muitas coisas — de coisas que eu amava, mas que já não eram minhas, e de partes de mim que eu estava deixando para trás. eu sentia que a liberdade que tanto lutei para conquistar se encontrava distante, e o que restava ao meu lado era a solidão que com ela veio. esse álbum surgiu quando eu me sentia esquisita, pequena e frágil. e, honestamente, eu ainda me sinto frágil, mas agora de um jeito diferente. essas músicas abraçaram minha fragilidade nos momentos em que eu me senti menor do que nunca, e me ajudaram a gritar para o mundo que também tenho um lugar para chamar de meu. 

‘olhos vermelhos’ é uma canção especial pra mim. a liberdade de que ela fala talvez tenha um significado diferente pra mim e pra você. o que te faz sentir livre? o que você faria se pudesse ser completamente livre? eu tenho um sonho… um sonho que carrego comigo há muito tempo. às vezes ele me engrandece, mas em outras, me faz sentir tão pequena. essa música me lembra que a liberdade é inerente a mim, ela me faz lembrar que eu posso sempre voltar para casa, para quem eu sou de verdade, para o lugar onde me sinto viva.

não importa qual seja o seu sonho, porque todos nós temos algo que nos move. algo que transforma nossa existência efêmera em algo que faz nossos dias deixarem marcas não-efêmeras; marcas que não desaparecem com o tempo. seja qual for o seu sonho — um lugar, uma pessoa que você quer ser, um desejo que grita dentro de você — ele te guiará pelos mares mais profundos, e te lembrará, mesmo quando tudo parecer perdido, que você pertence a esses caminhos. mesmo que o vento sopre contra você, é nesse sonho que você encontrará a lembrança mais genuína de quem você é.

e eu te conto isso porque é sobre mim, a forma como eu vivi e me conectei com essas canções; mas a verdade é que as suas histórias também estão entrelaçadas em cada palavra delas. elas pertencem a cada um de nós; quem as escuta e as transforma em algo único. o que você sente ao ouvir essas músicas também é uma forma de liberdade, é o seu espaço para navegar nas suas próprias águas, seja qual for o mar que você está cruzando. são trilhas para você se perder e, quem sabe, se reencontrar. e se, em algum momento, essas músicas forem a âncora que você precisava para se encontrar ou o oceano para onde você precisava fugir, então elas cumpriram o seu papel. porque, às vezes, o que mais precisamos é de um lugar seguro que nos mostre que sempre é tempo para ser quem a gente é. que sempre há um oceano vasto, imenso, com ondas bravas, esperando por você.

e na hora certa, espero que você mergulhe.

Nadar além do mar 19.10.24

Nadar além do mar 19.10.2024

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